Uma homenagem aos educadores ambientais do Programa Capivara (UFRPE) unidos em um só propósito: difundir a educação ambiental na bacia do rio Capibaribe |
Nesta
semana comemoramos o dia Internacional do Meio Ambiente. Este dia é um marco na
história das grandes mobilizações em prol da causa ambiental. Esta data foi
criada na abertura da Assembleia Geral da ONU em Estocolmo, Suécia. Foi uma
conferência de grandes proposições para a mudança e preservação do meio
ambiente. E o que fizemos após 41 anos? O que mudou?
O
estado atual da questão ambiental global/local não é dos mais promissores.
Porém, os governos têm se esforçado para que políticas (sejam elas educacionais
ou em outras áreas) sejam implementadas. O Brasil tem se destacado no cenário
mundial, liderando os debates e proposições na área ambiental. Temos um dos
códigos ambientais mais eficientes do mundo; Políticas de educação ambiental
que vislumbram promover a formação de cidadãos capazes de propor ações e atuar
como agentes mobilizadores na causa ambiental. Porém, o que falta para uma
melhoria efetiva? A resposta é clara: precisamos mudar as nossas práticas.
O
que é uma embalagem de pipoca jogada no chão no meio do grande Recife? podemos
pensar que não chega a ser nada. Então, vamos multiplicar, supondo que 100
pessoas jogam a embalagem de pipoca na rua: serão cem embalagens jogadas no
chão. Cem embalagens de pipocas jogadas no chão, em tempos chuvosos, irão
entupir os bueiros da famosa "Veneza Brasileira". Quanto transtorno!
Muitas vezes chegamos a afirmar: não temos iniciativas para promover a educação
ambiental (conscientização) em nossa cidade. De que vale as iniciativas, se não
repensamos as nossas práticas? Como dizia o nosso querido Paulo Freire, "ninguém
conscientiza ninguém". Eu costumo afirmar que a educação ambiental é uma
prática social e cidadã. A iniciativa da mudança parte do individual e alcança
o coletivo. Porém, cada ser humano desenvolve suas práticas e consciência. Muitas
vezes essa consciência surge de forma tão simplória, mas tem um impacto social
imensurável. Repito, é preciso repensar as nossas práticas, refletindo sobre a
questão ambiental. Assim, nos tornaremos cidadãos conscientes de suas práticas,
e protagonistas de um meio ambiente tão degradado e que precisa de muitos cuidados.